segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Santa chuva...

"É preciso um pouco de vinho ao ouvir o som do ar batendo em meus vidros".

Desde que me conheço por gente, tenho a chuva como algo realmente mágico. Tudo se torna mais encantador com ela. Ao menos quando se é criança. Uma partida de futebol na qual o jogador é traído por uma poça escondida sob a grama. Uma volta de bicicleta em que os pneus tornam-se uma máquina de sujar camisetas. Sem contar os raios, relâmpagos e trovoes que iluminam a noite mostrando até onde pode se chegar quando ainda existem sonhos.



Não sei por que, mas para mim, o barulho característico dos pingos ao beijarem os telhados das casas, é como uma sinfonia regida por algum maestro bêbado em um brinde à vida. Telhados estes, que nem precisam ser de Paris. Precisam apenas, nos proteger de qualquer coisa, menos dos timbres chuvosos causados pelas gotas que escorrem pelas calhas das casas.



Nos meus vinte e poucos anos, já perdi as contas de quantas vezes já vi, li e escutei palavras celebrando os pingos suicidas que caem de alturas impossíveis. Chuvas que duram meses sem dar trégua e refletem o olhar solitário de personagens ou até mesmo chuvas de sapos. Existe coisa mais mágica que ouvir sua avó dizendo “minhas juntas estão doendo. Vai amanhecer chovendo”! Provavelmente exista. Mas a simplicidade sempre me chamou mais a atenção...

Um comentário:

  1. Ô guri, tu escreve muito bem!!!!!
    tá muito legal teu blog, vou adicionar na mha lista! beijo

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